segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Noite quente

Hoje à noite vou me fartar
Beber um pouco e dançar
Quem sabe vou até te beijar
Ah! Eu vou girar...

Hoje à noite eu não vou lembrar
De gente que não sabe amar
De coisas que vão magoar
De sonhos que estão pra acabar

O que é meu

Dos meus atos me orgulho
sejam meigos ou sejam brutos

Os meus sonhos (e são muitos)
eu os busco com afinco

Mas meus pensamentos, todos juntos
não me deixam pensar

Coração atrapalhado

Escrevo pra esvaziar a mente
e trazer a calma
Escrevo e tudo falta
Escrevo e acho a falha
do meu coração atrapalhado
que insiste em fazer escolhas erradas
Escrevo pra lavar a alma.

Visita indesejada

Há tempos me procurou
e nunca mais me deixou

Me atormenta, me faz chorar
me julga e me cutuca

Faz de mim infeliz prisioneira
me turva a visão

Não enxergo solução
e ninguém a minha volta

Visita indesejada
não quero mais tua companhia

Solidão maldita
Vá embora!
Que essa noite quero dormir sozinha.

Ainda que

Ainda que me digas não,
feliz estarei
Ainda que eu não mais seja tua,
de alguma forma sempre serei
Ainda que digas não me amar
o importante é que eu te amei
Ainda que eu te ame
agora o amor acabou.

Dia desses

De ontem pra cá me vi assim
Desnuda
De hoje em diante vou ser assim
Minha cura

Esses dias eu não era mais
Era nada
Essa noite eu não fiz nada
Mas quem sabe...

Dia desses eu volto!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Conto de fadas

Eu quero um conto de fadas
Com príncipe, sapo e cavalo branco
Com abóbora, sapato de cristal e fadas

Eu quero um conto de fadas
onde o lobo não é mau e os doces da vovó não engordam
onde as altas torres são fáceis de escalar e pode até ter ogros

Eu quero um conto de fadas
onde o sapo me entregue os doces da vovó
ou o lobo me traga os sapatos de cristal
ou que o ogro em seu cavalo branco me transforme em abóbora
ou então o príncipe se muda e vem morar comigo na torre

Tanto faz!
Eu quero um conto de fadas
só pra ouvir:
"E eles foram felizes para sempre!"

No silêncio

Neste silêncio que não quero escutar
as palavras me esquecem
Elas parecem pássaros
que só querem voar

Nesse silêncio cruel
ninguém quer me escutar
nem se eu grito por socorro
nem se jogo palavras ao luar

Nesse silêncio, sozinha
tento silenciar
minha alma vazia
canta para o mar.

É preciso vontade

A vontade impulsiona
A vontade leva a realizações
Um ser que não se permite entrar na busca
nunca vai saber

O ser que se mantém inerte
que não quer crescer
ou espera por migalhas
pode nunca aprender

Desespero

O que me dá um desespero
é essa vontade infinita
de estar no teu corpo
e te dar prazer

O que me dói é não ter força
pra fugir dos teus braços
e das armadilhas do amor
isso tudo já cansei de tentar

Ailusão se mostra
turvando minhas águas
A dor da tua falta
me rasga o coração

Nessa contradição
entre o corpo sedento por prazer
e o coração carente de amor
eu perdida em mim, choro.

Revolução no meu mundinho

Vou mudar os cabelos
hidratar o corpo
dar adeus aos medos
e alimentar a mente

Vou correr lá na frente
e gritar aos demais
- não tenho tempo
nem pra olhar pra trás

Vou com o vento
de joelhos reszando,
cantando ou dizendo
dessa vida quero mais.

domingo, 6 de novembro de 2011

Encontro das palavras

Duas almas achavam-se um tanto perdidas
em suas contraditórias vidas
Sem voz, numa solidão particular
Em busca do seu lugar
Um vício em comum:
Brincar com as palavras

Palavras com sons do coração
Palavras que pedem compreensão
Palavras de dor, revelação
Palavras de coragem, transformação

Na verdade elas brincam de viver
e na busca do "ser"
ilustram a vida com muito prazer

Às vezes tristes
Às vezes alegres
mas quase sempre acelerando o passo
Girando sem parar no carrocel
desgovernado da vida louca
que escolheram pra viver

As estações quase sempre mudam
Sem nenhuma permissão acabam

Mas quando o destino reencontra
almas de asas quebradas
Elas com certeza mostrarão ao mundo
o que virão dizer
Ilustrando, com palavras, a vida com muito prazer


                Autoras: Elisa Tavares Bosquerolli
                              Fernanda Lopes Teixeira

Amor com espinhos

Agora os espinhos me espetam
e machucam minha alma
Vejo em ti apenas a queda
dos sonhos do meu coração

Devolver-te à vida não é facil
Quero-te muito, mas me atraso
Seguir vivendo sem sentido
faz eu me sentir, assim, parada

Essa enxurrada de sentimento
que te envio e que não tem volta
deixa meu corpo fraco
e perco as esperanças pra lutar

Quero tudo e tu quer nada
Quero o mundo inteiro
e tu não me das nenhuma parte
quero agora a paz que tu me levou